Sou criança! Cheguei, recentemente, de uma longa
viagem. Andei pelo caminho misterioso do pensamento dos meus pais, e, durante a
concepção, fiz um estágio muito feliz ao lado do coração da minha mãe.
Hoje estou aqui, um pouco assustada, porque os adultos
conversam coisas confusas que ainda não consegui entender. A vida é simples e
bonita, mas os adultos complicam tudo.
Sabe, imaginam que nós, crianças, somos incapazes,
fracas e bobas. Não é nada disso! A gente está apenas se esforçando para
crescer e, à medida que o tempo passa, florescer e ajudar a construir este
mundo: soltar os passarinhos das gaiolas, plantar flores nos jardins, devolver
o azul cristalino dos nossos lagos e abrir as janelas das casas.
As pessoas crescem, ficam fortes e nos sufocam com
suas idéias e, às vezes, nem nos deixam falar nada. Algumas, por falta de
argumentos, nos agridem.
Eu gostaria que nos olhassem como sementes de
guerra ou de paz. "Quem semeia vento, colhe tempestade". Aos gritos,
batendo portas, e com tanta falta de compreensão, a gente pode ingressar na
juventude, agressiva e desajustada.
Na verdade, a criança tem uma mensagem de paz. Por
favor, se você está triste e não se realizou como pessoa, procure, urgente, um
outro meio de desabafar suas mágoas. Não deposite suas dores e lágrimas nessa
plantinha que mal começa a brotar. Ela se chama criança e só cresce feliz com
os fluídos magnéticos do AMOR.
Autora - Ivone Boechat
Interpretação:
01 - Jessica Moreira
( nº 024 )
Gostei muito do monólogo. Parabéns!
ResponderExcluireu amei
ResponderExcluirEu gostei
ResponderExcluireu gostei muito
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